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Havia pick-nick no Carmo a partir do meio dia mas arrastei-me preguiçosamente e fiz-me aos quintais já passava das duas da tarde.
Beijinhos e abraços, Há quanto tempo, Cá estamos, Bora lá. E desata a chover.
Chamam-lhe chuva-molha-parvos por ser miudinha e serem alguns parvos por acreditar ser coisa pouca. E parvos não faltavam.
Havia-os de preto com cartazes.
De cor-de-rosa com tambores.
E gaitas de foles, castanholas, altifalantes.
Bandeiras, disfarses e lonas.
Mascarados e desmacarados, brancos e pretos.
Novos e velhos.
E até amigos de quatro patas que os donos não deixaram em casa e foram todos aproveitar o passeio. Cada grupo gritava as suas palavras de ordem. Sobre a maternidade alfredo da costa, a troika e o desemprego. O costume. Sentia-se um não-sei-quê de gasto. Mas subitamente ganhei o passeio: Uma cover de uma música de António Variações, com a letra adaptada à actualidade:
Quando o governo não tem juízo
E gasta muito mais do que é preciso
O povo é que paga
O povo é que paga!
Deixa-o pagar, deixa-o pagar
(tcharap-tap ta-ra, tcharap-tap ta-ra)
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Cheguei ao Rossio encharcado até aos ossos e bigodes colados ao pêlo. Chovia sem tréguas havia mais de três horas e a chegada foi para a maioria a hora de desmobilizar. E eu também fui.
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Há gatos a patrulhar o prédio, mas apenas o vadio sobe ao telhado. Temos ervas daninhas, claro, mas a chefe é uma flor de estufa. A pôr ordem nisto tudo, uma humana fraquinha, que não sabe sequer apanhar uma mosca.